Terra do flamenco, Sevilha conserva o espírito festivo da Espanha
Desde a antiguidade, a Andaluzia ocupa um papel histórico importante para diversas civilizações. Sevilha, a quarta maior cidade da Espanha, tem nada menos que 2800 anos de fundação, palco de disputas entre gregos e fenícios, atraídos pelas riquezas minerais do entorno e das terras férteis às margens do rio Guadalquivir ("Rio grande", em árabe), que corta a metrópole.
No século 2 a.C., os romanos a batizaram de Hispania, tornando-a a capital da península. Finalmente no século 11 os árabes deram o nome mais próximo de sua versão atual, Ysvilia. Na retomada do poder pelos cristãos, Sevilha conquistou ainda mais importância, tornando-se o principal porto de chegada das riquezas do Novo Mundo, símbolo do poder espanhol na chamada Época de Ouro do império espanhol. Foi das margens do Guadalquivir que o genovês Cristóvão Colombo partiu para a América e o português Fernão de Magalhães iniciou a primeira circunavegação do globo terrestre.
Difícil não reparar os traços de todo esse caldo cultural pelas ruas de Sevilha, seja por resquícios da era romana ou a herança da arte muçulmana estampada nos belíssimos trabalhos de azulejaria que ainda decoram a maioria das casas, pátios e edifícios públicos. Repleta de laranjeiras - outra vital contribuição moura -, uma das principais atrações da cidade é sua catedral, vista de todas as partes pela imponência da Giralda, o antigo minarete islâmico transformado em campanário pelos cristãos.
Mas Sevilha também é conhecida por revelar o espírito festivo da Espanha contemporânea, como o tradicional bairro de Triana, repleto de bares, intensa agitação noturna e berço de grandes músicos e dançarinos de flamenco. A cidade é ainda famosa por abrigar algumas das procissões e festas religiosas mais famosas de todo o país.
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