segunda-feira, 25 de abril de 2016

Paul Vallejos/EFE

Lima tem um charme que une o passado pré-colombiano e a metrópole atual

Caminhada durante a manhã pela orla marítima do bairro de Miraflores e depois almoço com direito a ceviche e pisco sour em algum dos restaurantes da Costa Verde. À tarde, bater perna no centro histórico e, à noite, ouvir música pelos bares boêmios das ruas de Barranco. Esse é um roteiro clássico de um dia em Lima. A capital, com o seu charme costeiro, seu passado pré-colombino e seu ritmo de metrópole, intima o turista que se engana acreditando que conhecer o Peru é somente visitar as ruínas de Machu Picchu.
Fundada em 1535 sobre o vale do rio Rímac e nomeada como Cidade dos Reis pelo colonizador espanhol Francisco Pizarro, Lima logo se transformou no mais importante centro da América do Sul, concentrando o intercâmbio comercial das colônias da Espanha até o reinado. Mas, antes da dominação européia, seu território já havia sido ocupado há milhares de anos por diferentes povos pré-hispânicos, entre eles, a cultura milenar inca.
Hoje, a capital é um caldeirão de influências com um pouco de tudo que há no Peru e no mundo. Entre seus mais de 8 milhões de habitantes, praticamente um terço da população nacional, estão peruanos das distintas regiões do país -costa, serra e selva- e imigrantes de todas as partes do planeta, convertendo-se em uma cidade mestiça por excelência.
Lima é o centro intelectual, político e econômico do Peru. Apesar do seu trânsito caótico, da poluição e da alta criminalidade, a cidade é a grande oportunidade de o turista conhecer o Peru de verdade, dos dias de hoje. O povo peruano conseguiu superar os traumas do passado do grupo Sendero Luminoso para expressar sua força e mostrar ao mundo que é uma nação com uma rica diversidade cultural e que luta todos os dias para baixar seus níveis de pobreza e subdesenvolvimento. O verdadeiro retrato da América Latina.

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